systemd (Português)

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Status de tradução: Esse artigo é uma tradução de Systemd. Data da última tradução: 2024-10-01. Você pode ajudar a sincronizar a tradução, se houver alterações na versão em inglês.

Da página web do projeto:

systemd é um conjunto de softwares que fornecem blocos de construção básicos para um sistema Linux. Ele fornece um gerenciador de sistema e serviços que é executado como PID 1 e inicia o resto do sistema. systemd fornece capacidades agressivas de paralelização, usa a ativação de soquetes e D-Bus para iniciar serviços, oferece partida sob demanda de daemons, mantém o controle de processos usando grupos de controle Linux, mantém pontos de montagem e montagem automática e implementa uma elaborada lógica de controle de serviços baseada em dependência transacional. O systemd suporta scripts de inicialização SysV e LSB e funciona como um substituto para o sysvinit. Outras partes incluem um daemon de registro, utilitários para controlar a configuração básica do sistema como hostname, date, locale, mantem uma lista de usuários logados e rodando containers e máquinas virtuais, contas do sistema, diretórios e configurações de tempo de execução e daemons para gerenciar a configuração simples da rede, sincronização de tempo de rede, encaminhamento de log e resolução de nomes.

Historicamente o que systemd chama por "serviço", ou do inglês "service", era conhecido por se chamar daemon, tal qual o significado é: qualquer programa que esteja ativo no "plano de fundo" (background) como um processo (sem um terminal ou interface de usuário), normalmente aguardando a ocorrência de eventos e oferecendo serviços. Um bom exemplo é um servidor web que espera por um requerimento para entregar uma página, ou um servidor ssh a espera de alguém que tente logar. Enquanto que estas aplicações citadas são cheias de funcionalidades, existem daemons que o trabalho não é tão aparente. Daemons são para tarefas como escrever mensagens em um arquivo de log (por exemplo syslog, metalog) ou para manter o horário do sistema pontual (por exemplo ntpd). Para mais informações, veja daemon(7).

Nota: Para uma explicação detalhada do porquê Arch migrou para o systemd, consulte esta mensagem do fórum internacional.

Uso básico do systemctl

O principal comando usado para introspecção e controle systemd é systemctl. Alguns de seus usos são examinando o estado do sistema e gerenciando o sistema e serviços. Consulte systemctl(1) para mais detalhes.

Dica:
  • Você pode usar todos os comandos de systemctl abaixo com a opção -H usuário@host para controlar uma instância de systemd em uma máquina remota. Isso usará SSH para se conectar uma instância remota systemd.
  • Usuários de Plasma podem instalar systemdgenie como um frontend gráfico para systemctl. Após a instalação, o módulo será adicionado sob "Sistema".

Usando units

As units geralmente incluem, mas não estão limitadas a, serviços (.service), pontos de montagem (.mount), dispositivos (.device) ou soquetes (.socket).

Ao utilizar systemctl, geralmente é necessário especificar o nome completo do arquivo unit, incluindo seu sufixo, por exemplo sshd.socket}. No entanto, existem algumas formas curtas de especificar a unit nos seguintes comandos systemctl:

  • Se você não especificar o sufixo, systemctl presumirá .service. Por exemplo, netctl e netctl.service são equivalentes.
  • Os pontos de montagem serão automaticamente convertidos para a unit .mount adequada. Por exemplo, especificar /home equivale a home.mount.
  • Similar aos pontos de montagem, dispositivos são automaticamente convertidos para a unit .device adequada, portanto, especificar /dev/sda2 equivale a dev-sda2.device.

Veja systemd.unit(5) para detalhes.

Nota: Alguns nomes de unit contêm um sinal @ (por exemplo, nome@string.service): isso significa que eles são instâncias de uma unit modelo (em inglês, template), cujo nome real do arquivo não contém a parte string (por exemplo, nome@.service). string é chamado de identificador de instância (em inglês, instance identifier) e é semelhante a um argumento que é passado para a unit modelo quando chamado com o comando systemctl: no arquivo unit, ele irá substituir o especificador %i. Para ser mais preciso, antes de tentar instanciar a unit modelo name@.suffix, o systemd procurará, na verdade, uma unit com o nome exato do arquivo name@string.suffix, embora por convenção tal "conflito" aconteça raramente, ou seja, a maioria dos arquivos unit contendo um sinal @ são destinados a serem um modelo. Além disso, se uma unit modelo for chamada sem um identificador de instância, ela geralmente falhará (exceto com certos comandos systemctl, como cat).

Os comandos da tabela abaixo operam sobre units do sistema, pois --system é o padrão implícito para systemctl. Em vez disso, para operar em units de usuário (para o usuário chamador), use systemctl --user sem privilégios de root. Veja também systemd/User#Basic setup para habilitar/desabilitar units de usuário para todos os usuários.

Dica:
  • A maioria dos comandos também funcionam se várias units forem especificadas, veja systemctl(1) para obter mais informações.
  • A opção --now pode ser usada em conjunto com enable, disable e mask para iniciar, parar ou mascarar, respectivamente, imediatamente a unit em vez de após reinicializar.
  • Um pacote pode oferecer units para diferentes finalidades. Se você acabou de instalar um pacote, pacman -Qql pacote | grep -Fe .service -e .socket pode ser usado para verificar e localizá-las.
Ação Comando Nota
Analisando o status do sistema
Mostrar status do sistema systemctl status
Lista units em execução systemctl or
systemctl list-units
Lista units com falhas systemctl --failed
Listar arquivos de unit1 instalados systemctl list-unit-files
Mostra status do processo para um PID systemctl status pid parte dos grupos de controle ("cgroups"), memória e pais
Verificando o status unit
Mostra uma página do manual associada a uma unit systemctl help unit como suportado pela unit
Status de uma unit systemctl status unit incluindo se está em execução ou não
Checa se uma unit está habilitada systemctl is-enabled unit
Iniciando, reiniciando e recarregando um unit
Iniciar imediatamente uma unit systemctl start unit como root
Parar imediatamente uma unit systemctl stop unit como root
Reiniciar uma unit systemctl restart unit como root
Recarregar uma unit e sua configuração systemctl reload unit como root
Recarregar a configuração2 do gerenciador do systemd systemctl daemon-reload como root procura por units novas ou alteradas
Habilitando um unit
Habilitar uma unit para iniciá-la automaticamente no boot systemctl enable unit como root
Habilitar uma unit para iniciá-la automaticamente no boot e iniciá-la imediatamente systemctl enable --now unit como root
Desabilitar uma unit para não iniciar mais no boot systemctl disable unit como root
Reabilitar uma unit3 systemctl reenable unit como root ou seja, desabilita e habilita novamente
Mascarando um unit
Mascarar uma unit para tonar impossível o seu início4 systemctl mask unit como root
Desmascarar uma unit systemctl unmask} unit como root
  1. Veja systemd.unit(5) § UNIT FILE LOAD PATH para os diretórios onde os arquivos das units disponíveis podem ser encontrados.
  2. Isso não solicita às units alteradas que recarreguem suas próprias configurações (veja Recarregar).
  3. Por exemplo, no caso de sua seção [Install] tenha mudado desde a última vez que foi habilitada.
  4. Tanto manualmente quanto como dependência, o que torna o mascaramento perigoso. Verifique a existência de units mascarados com:
    $ systemctl list-unit-files --state=masked

Gerenciamento de energia

polkit é necessário para o gerenciamento de energia como um usuário sem privilégios. Se você está em uma sessão de usuário local systemd-logind e nenhuma outra sessão está ativa, os seguintes comandos funcionarão sem privilégios de root. Se não (por exemplo, porque outro usuário está conectado em um tty), systemd vai automaticamente pedir a senha de root.

Ação Comando
Desliga e reinicia o sistema systemctl reboot
Desliga e encerra o sistema systemctl poweroff
Suspende o sistema systemctl suspend
Coloca o sistema em hibernação (escreve RAM para o disco) systemctl hibernate
Coloca o sistema em um estado de suspensão híbrida (também chamado de "suspender para ambos", salva RAM para o disco e então suspende)

systemctl hybrid-sleep

Primeiro suspende o sistema, o acorda após um tempo determinado somente para hibernar o sistema

systemctl suspend-then-hibernate

Reinicia apenas o espaço de usuário com #Reinício suave

systemctl soft-reboot

Reinício suave

O reinício suave é uma forma especial de reiniciar somente o espaço de usuário, do qual não envolve o kernel. A função é implementada pelo systemd-soft-reboot.service(8) e pode ser invocada através de systemctl soft-reboot. Assim como kexec, ele pula a reinicialização do firmware, com a diferença adicional do sistema não passar pela reinicialização do kernel e pelo initramfs. Além disso, dispositivos criptografados que estejam destravados permanecem conectados.

Quando /run/nextroot/ possui uma hierarquia de sistema de arquivos root válida (por exemplo se o root está montado em outra distribuição ou outro snapshot), soft-reboot pode trocar o sistema root para dentro de outros dispositivos, permitindo então a troca em outras instalações sem perder estados gerenciados pelo kernel, por exemplo a rede de internet.

Dica: /run/nextroot/ não é necessariamente um ponto de montagem ou dependente de um dispositivo físico. Por exemplo, ele pode residir em /run/ tmpfs. systemd irá transformar automaticamente /run/nextroot/ em um ponto de montagem quando ocorrer um soft-reboot.
Nota: Não invoque systemctl soft-reboot depois de uma atualização de pacotes que possa acabar por regerar a imagem do kernel e o initramfs.

Escrevendo arquivos unit

A sintaxe de arquivos unit do systemd (systemd.unit(5)) é inspirada nos arquivos .desktop da XDG Desktop Entry Specification , que por sua vez são inspirados nos arquivos .ini do Microsoft Windows. Os arquivos unit são carregados de vários localizações (para ver a lista completa, execute systemctl show --property=UnitPath), mas os principais são (listados da menor para a mais alta precedência):

  • /usr/lib/systemd/system/: units fornecidas por pacotes instalados
  • /etc/systemd/system/: units instaladas pelo administrador do sistema
Nota:
  • Os caminhos de carregamento são completamente diferentes quando se está executando systemd em modo usuário.
  • Nomes de unit do systemd só podem conter caracteres alfanuméricos, sublinhados e pontos. Todos outros caracteres devem ser substituídos por escapes no estilo C "\x2d" ou deve-se empregar suas semânticas predefinidas ('@', '-'). Veja systemd.unit(5) e systemd-escape(1) para mais informações.

Veja as units instaladas por seus pacotes para exemplos, bem como em systemd.service(5) § EXAMPLES.

Dica: Comentários prefixados com # também podem ser usados em arquivos units, mas apenas em novas linhas. Não use comentários em fim de linha após parâmetros do systemd ou a unidade não conseguirá ativar.

systemd-analyze(1) pode ajudar a verificar o trabalho. Veja a página do manual e busque a seção systemd-analyze verify FILE....

Manuseando dependências

Com o systemd, dependências podem ser resolvidas através da concepção de arquivos unit corretamente. O caso mais típico é quando a unit A requer a unit B para ser executada antes da A ser iniciada. Nesse caso, adicione Requires=B e After=B para a seção [Unit] de A. Se a dependência for opcional, então adicione Wants=B e After=B. Nota que Wants= e Requires= não implicam After=, significando que se After= não for especificado, as duas units serão iniciada em paralelo.

Dependências são normalmente colocadas em serviços e não em #Targets. Por exemplo, o network.target é obtido por qualquer serviço que configure suas interfaces de rede, portanto, ordenando a sua unit personalizada depois disso é o bastante desde que network.target é iniciado de qualquer maneira.

Tipos de serviços

Há vários tipos de execução diferentes a considerar quando se escreve um arquivo de serviço personalizado. Isso é definido com o parâmetro Type= na seção [Service]:

  • Type=simple (padrão): systemd considera que o serviço seja iniciado imediatamente. O processo não deve fazer fork. Não use este tipo se outros serviços precisarem ser ordenados neste serviço, a menos que seja socket ativado.
  • Type=forking: systemd considera que o serviço iniciou uma vez que o processo fez fork e o pai encerrou. Para daemons clássicos, use este tipo a menos que você saiba que ele não é necessário. Você deve especificar PIDFile= também, de forma que o systemd possa acompanhar o processo principal.
  • Type=oneshot: este é útil para os scripts que fazem um trabalho único e, em seguida, saem. Você pode querer definir RemainAfterExit=yes também para que systemd ainda considere o serviço como ativo depois que o processo foi encerrado. Definindo RemainAfterExit=yes é apropriado para as units que mudam o estado do sistema (por exemplo, montar alguma partição). Veja também [1] para conhecer as diferenças entre simple e oneshot.
  • Type=notify: idêntico ao Type=simple, mas com a condição de que o servidor enviará um sinal para systemd quando estiver pronto. A implementação de referência para essa notificação é fornecida por libsystemd-daemon.so.
  • Type=dbus: o serviço é considerado pronto quando o BusName especificado aparece no barramento do sistema do DBus.
  • Type=idle: systemdvai atrasar a execução do binário do serviço até todos os trabalhos serem despachados. Além desse comportamento, é muito similar a Type=simple.

Veja a página man systemd.service(5) § OPTIONS para uma explicação mais detalhada dos valores de Type.

Editando units fornecidas

Para evitar conflitos com o pacman, arquivos unit fornecidos por pacotes não devem ser editados diretamente. Há duas formas seguras de modificar um unit sem tocar no arquivo original: crie um novo arquivo unit que se sobreponha ao unit original ou crie trechos drop-in que são aplicados sobre o unit original. Para ambos métodos, você deve recarregar o unit em seguida para aplicar suas alterações. Isso pode ser feito editando o unit com systemctl edit (que recarrega o unit automaticamente) ou recarregando todos os units com:

# systemctl daemon-reload
Dica:
  • Você pode usar systemd-delta para ver quais arquivos units foram sobrepostos ou estendidos e o que exatamente foi alterado.
  • Use systemctl cat unit para ver o conteúdo de um arquivo unit e todos os trechos drop-in associados.

Arquivos unit de substituição

Para substituir o arquivo unit /usr/lib/systemd/system/unit, crie o arquivo /etc/systemd/system/unit e reabilite o unit para atualizar os links simbólicos.

Alternativamente, execute:

# systemctl edit --full unit

Isso abre /etc/systemd/system/unit em seu editor (copiando a versão instalada se ela não existir ainda) e automaticamente a recarrega quando você finaliza a edição.

Nota: As units de substituição continuarão sendo usadas mesmo que o Pacman atualize as units originais no futuro. Esse método dificulta a manutenção do sistema e, portanto, a próxima abordagem é a preferível.

Arquivos drop-in

Para criar arquivos drop-in para o arquivo de unidade /usr/lib/systemd/system/unit, crie o diretório /etc/systemd/system/unit.d/ e coloque arquivos .conf para substituir ou adicionar novas opções. systemd analisará e aplicará esses arquivos sobre a unit original.

A forma mais fácil de fazer isso é executar:

# systemctl edit unit --drop-in=nome_drop_in

Isso abre o arquivo /etc/systemd/system/unit.d/nome_drop_in.conf em seu editor de texto (criando-o, se necessário) e recarrega automaticamente a unit quando você finalizar a edição. Omitir a opção --drop-in= resultará na escolha do uso de nome de arquivo padrão override.conf pelo systemd.

Nota:
  • A chave ainda deve ser colocada na seção apropriada no arquivo de substituição.
  • Nem todas as chaves podem ser substituídas por arquivos drop-in. Por exemplo, para alterar Conflicts= um arquivo de substituição é necessário.

Reverter para versão do vendor

Para reverter quaisquer alterações a uma unit feita usando systemctl edit faça:

# systemctl revert unit

Exemplos

Por exemplo, se você só quiser adicionar uma dependência adicional a uma unit, basta criar o seguinte arquivo:

/etc/systemd/system/unit.d/dependenciapesonalizada.conf
[Unit]
Requires=nova dependência
After=nova dependência

Como outro exemplo, para substituir a diretiva ExecStart, crie o seguinte arquivo:

/etc/systemd/system/unit.d/execpersonalizado
[Service]
ExecStart=
ExecStart=novo comando

Note como ExecStart deve ser limpado antes de reatribuir [2]. O mesmo ocorre para todo item que pode ser especificado várias vezes, como OnCalendar para timers.

Mais um exemplo para reiniciar automaticamente um serviço:

/etc/systemd/system/unit.d/reiniciar.conf
[Service]
Restart=always
RestartSec=30

Targets

O systemd usa targets para agrupar units por meio de dependências e como pontos de sincronização padronizada. Eles servem a um propósito semelhante, como níveis de execução, mas agem um pouco diferente. Cada target é nomeado em vez de numerado e destina-se a servir uma finalidade específica com a possibilidade de ter múltiplos ativos ao mesmo tempo. Alguns targets são implementados herdando todos os serviços de outro target e adicionando serviços adicionais a ele. Há targets do systemd que imitam os níveis de execução comuns do SystemVinit.

Obter targets atuais

O comando deve ser no systemd em vez de executar runlevel:

$ systemctl list-units --type=target

Criar target personalizado

Os níveis de execução que tinham um significado definido no sysvinit (ex.: 0, 1, 3, 5 e 6) têm um mapeamento 1:1 com um target de systemd específico. Infelizmente, não há nenhuma boa forma de fazer o mesmo com os níveis de execução definidos pelo usuário, como 2 e 4. Se você fizer uso deles é sugerido que você faça um target de systemd com um novo nome como /etc/systemd/system/seu target que leva um dos níveis de execução existentes como base (você pode examinar /usr/lib/systemd/system/graphical.target como um exemplo), crie um diretório /etc/systemd/system/seu target.wants, e então faça um link simbólico dos serviços adicionais de /usr/lib/systemd/system/ que você deseja ativar.

Mapeamento entre níveis do SysV e targets do systemd

Nível de execução do SysV Target do systemd Notas
0 poweroff.target Interrrompe o sistema.
1, s, único rescue.target Modo de usuário único.
2, 4 multi-user.target Níveis de execução User-defined/Site-specific. Por padrão, idêntico ao 3.
3 multi-user.target Multi-usuário, não-gráfico. Os usuários geralmente podem acessar através de múltiplos consoles ou via rede.
5 graphical.target Multi-usuário, gráfico. Normalmente tem todos os serviços do nível de execução 3, mais um login gráfico.
6 reboot.target Reiniciar
emergência emergency.target Shell de emergência

Alterar target atual

No systemd, targets são expostos via units de targets. Você pode alterá-los assim:

# systemctl isolate graphical.target

Isso só vai mudar o target atual, e não tem nenhum efeito na próxima inicialização. É equivalente aos comandos como telinit 3 ou telinit 5 no Sysvinit.

Alterar target padrão para inicializar

O target padrão é default.target, que é um link simbólico para graphical.target. Basicamente, ele corresponde ao antigo nível de execução 5.

Para verificar o target atual com systemctl:

$ systemctl get-default

Para alterar o target padrão a ser inicializado, altere o link simbólico default.target. Com systemctl:

# systemctl set-default multi-user.target
Removed /etc/systemd/system/default.target.
Created symlink /etc/systemd/system/default.target -> /usr/lib/systemd/system/multi-user.target.

Alternativamente, acrescente um dos seguintes parâmetros do kernel a seu gerenciador de boot:

  • systemd.unit=multi-user.target (que basicamente corresponde ao antigo nível de execução 3),
  • systemd.unit=rescue.target (que basicamente corresponde ao antigo nível de execução 1).

Ordem de target padrão

O systemd escolhe o default.target conforme a ordem a seguir:

  1. Parâmetro de kernel mostrado acima
  2. Link simbólico de /etc/systemd/system/default.target
  3. Link simbólico de /usr/lib/systemd/system/default.target

Componentes do systemd

Alguns componentes (sendo uma lista não exaustiva, ou seja, um resumo do todo) do systemd são:

systemd.mount - montagem

O systemd é responsável pela montagem das partições e sistemas de arquivos especificados em /etc/fstab. O systemd-fstab-generator(8) converte todas as entradas em /etc/fstab em unidades do systemd, isso é executado no momento da inicialização e sempre que a configuração do gerenciador de sistema é recarregada.

O systemd estende as capacidades usuais do fstab e oferece opções adicionais de montagem. Eles afetam as dependências da unidade de montagem, eles podem, por exemplo, garantir que uma montagem seja realizada apenas quando a rede estiver ativa ou apenas quando outra partição for montada. A lista completa de opções de montagem específicas do systemd, normalmente prefixadas com x-systemd., é detalhada em systemd.mount(5) § FSTAB.

Um exemplo dessas opções de montagem no contexto de montagem automática, que significa montagem apenas quando o recurso é necessário, em vez de automaticamente no momento da inicialização, é fornecido em fstab (Português)#Automontagem com systemd.

Montagem automática de partição GPT

Em sistemas inicializados por UEFI, se condições específicas forem atendidas, systemd-gpt-auto-generator(8) montará automaticamente as partições GPT seguindo a Especificação de Partições Detectáveis. Elas podem, portanto, ser omitidas do fstab, e se a partição root é auto-montavél, então root= pode ser omitido da linha de comando do kernel.

Os pré-requisitos são:

  • O gerenciador/carregador de boot deve definir a variável EFI LoaderDevicePartUUID para que a partição do sistema EFI usada possa ser identificada. Isso é suportado pelo systemd-boot, systemd-stub(7), GRUB (com o grub.cfg gerado por grub-mkconfig, se for um grub.cfg customizado o mesmo requer que seja carregado o módulo bli e do gerenciador de boot rEFInd (não habilitado por padrão). Isso pode ser verificado executando bootctl e checando o status de Boot loader sets ESP information ou o status de Stub sets ESP information ao inicializar via imagens de kernel unificadas.
  • A partição do root deve estar no mesmo disco físico que a partição do sistema EFI utilizado. Outras partições que serão montadas automaticamente devem estar no mesmo disco físico que a partição raiz. Isto significa basicamente que todas as partições montadas automaticamente devem compartilhar o mesmo disco físico com o ESP.
  • O ponto de montagem /efi deve ser criado manualmente (se desejado), caso contrário systemd-gpt-auto-generator usará /boot.
Atenção: Tenha muito cuidado ao criar /efi em um sistema existente ao usar a montagem automática GPT. /efi será usado como ponto de montagem padrão no próximo boot, o que pode deixar seu sistema em um estado inconsistente com um diretório /boot vazio. Você provavelmente precisará reinstalar seu(s) kernel(s) e/ou microcode, regenerar seu initramfs, etc...
Dica: A montagem automática de uma partição pode ser desabilitada alterando o tipo GUID da partição ou definindo o atributo de partição bit 63 "não montar automaticamente", veja Impedir a montagem automática da partição GPT.
/var

Para a montagem automática do /var funcionar, a PARTUUID deve corresponder ao hash SHA256 HMAC do tipo de partição UUID (4d21b016-b534-45c2-a9fb-5c16e091fd2d) codificado pelo ID da máquina. O PARTUUID necessário pode ser obtido usando:

$ systemd-id128 -u --app-specific=4d21b016-b534-45c2-a9fb-5c16e091fd2d machine-id
Nota: systemd-id128(1) lê o ID da máquina de /etc/machine-id, isso torna impossível saber o PARTUUID necessário antes que o sistema seja instalado.

systemd-sysvcompat

A função principal do systemd-sysvcompat (requerido por base) é fornecer o binário tradicional do linux init. Para sistemas controlados pelo systemd, init é apenas um link simbólico para seu executável systemd.

Além disso, ele também fornece 4 atalhos de conveniência aos quais os usuários do SysVinit podem estar acostumados. Os atalhos de conveniência são halt(8), poweroff(8), reboot(8) e shutdown(8). Cada um desses 4 comandos é um link simbólico para systemctl, e governado pelo comportamento do systemd. Portanto, a discussão em #Gerenciamento de energia se aplica.

Os sistemas baseados em Systemd podem desistir dos métodos de compatibilidade do System V usando o parâmetro de boot init= (consulte, por exemplo, [solved] /bin/init is in systemd-sysvcompat ?) e argumentos de comando do systemctl, nativo do systemd.

systemd-tmpfiles - arquivos temporários

O "systemd-tmpfiles cria, apaga e limpa arquivos e diretórios temporários e voláteis." Ele lê os arquivos de configuração em /etc/tmpfiles.d/ e /usr/lib/tmpfiles.d/ para descobrir quais ações executar. Os arquivos de configuração do diretório anterior têm precedência sobre os do diretório anterior.

Os arquivos de configuração geralmente são fornecidos junto com os arquivos de serviço e são nomeados no estilo de /usr/lib/tmpfiles.d/programa.conf. Por exemplo, o daemon Samba espera que o diretório /run/samba exista e tenha as permissões corretas. Portanto, o pacote samba vem com esta configuração:

/usr/lib/tmpfiles.d/samba.conf
D /run/samba 0755 root root

Os arquivos de configuração também podem ser usados para gravar valores em certos arquivos na inicialização. Por exemplo, se você usou /etc/rc.local para desativar a ativação de dispositivos USB com echo USBE > /proc/acpi/wakeup, você pode usar o seguinte arquivo tmp:

/etc/tmpfiles.d/disable-usb-wake.conf
#    Caminho               Modo UID  GID  Age Argumento
w    /proc/acpi/wakeup     -    -    -    -   USBE

É possível escrever múltiplas linhas no mesmo arquivo, com \n no argumento ou usando o tipo w+ em múltiplas linhas (incluindo a primeira) para acrescentar.

/etc/tmpfiles.d/disable-usb-wake.conf
	
#    Path                  Mode UID  GID  Age Argument
	
w+   /proc/acpi/wakeup     -    -    -    -   USBE
	
w+   /proc/acpi/wakeup     -    -    -    -   LID0
	

Veja as páginas do manual systemd-tmpfiles(8) e tmpfiles.d(5) para detalhes.

Nota: Este método pode não funcionar para definir opções em /sys uma vez que o serviço systemd-tmpfiles-setup pode ser executado antes que os módulos de dispositivo apropriados sejam carregados. Neste caso, você pode verificar se o módulo tem um parâmetro para a opção que você deseja definir com modinfo módulo e definir esta opção com um arquivo de configuração em /etc/modprobe.d. Caso contrário, você terá que escrever uma regra do udev para definir o atributo apropriado assim que o dispositivo aparecer.

Arquivos de configuração drop-in

The factual accuracy of this article or section is disputed.

Reason: Esta página é sobre o PID 1 (init), e drop-ins de units já foram mencionados. Drop-in é um conceito genérico, além disso outros componentes do systemd tem suas próprias páginas dedicadas. Portanto, esta seção não parece que pertence aqui. (Discuss in Talk:systemd#YHNdnzj : Configuration files in conf.d / drop-in snippets: misplaced?)

Arquivos de configuração fornecidos por pacotes não devem ser diretamente editados para evitar conflitos com atualizações do pacman. Por conta disso, vários pacotes do systemd (mas não todos) dão uma forma de modificar a configuração sem tocar no arquivo original: pela criação de arquivos drop-in que fazem uma espécie de "recorte" (snippet) dessas definições. Verifique no manual do pacote se a configuração de arquivos drop-in é suportada.

Para criar um arquivo de configuração drop-in para o arquivo da unit etc/systemd/unit.conf, crie o diretório /etc/systemd/unit.conf.d e coloque arquivos .conf neste local para sobescrever ou adicionar novas opções. systemd irá validar e aplicar as definições desses arquivos e priorizá-los em relação à unit original.

Verifique a configuração geral:

$ systemd-analyze cat-config systemd/unit.conf

O(s) arquivo(s) fragmentados (drop-in snippets) aplicados e o conteúdo dos mesmos serão listados no final. Reinicie o serviço para que as mudanças tenham efeito.

Dicas e truques

Ativação de sockets

Alguns pacotes fornecem uma unit .socket. Por exemplo, cups fornece a unit cups.socket [3]. Se cups.socket está habilitado (e cups.service permanece inativo), systemd não inicializará CUPS de forma imediata; apenas ficará escutando os sockets apropriados, e então, seja lá quando um programa tentar se conectar a um desses sockets do CUPS, o systemd irá iniciar cups.service e transferir, de forma vísivel e transparente, o controle dessas portas para o processo do CUPS.

Ferramentas de configuração GUI

  • systemadm — Navegador gráfico para as units do systemd. Ele pode mostrar a lista de units, possivelmente filtradas por tipo.
https://cgit.freedesktop.org/systemd/systemd-ui/ || systemd-ui
  • SystemdGenie — Utilitário de gerenciamento systemd baseado em tecnologias KDE.
https://invent.kde.org/system/systemdgenie || systemdgenie

Executando serviços após a rede estar ativa

Para atrasar um serviço até depois que a rede está ativa, inclua as seguintes dependências no arquivo .service:

/etc/systemd/system/foo.service
[Unit]
...
Wants=network-online.target
After=network-online.target
...

O serviço de espera de rede do gerenciador de rede em uso também deve ser ativado para que network-online.target reflita adequadamente o status da rede.

  • Se estiver usando o NetworkManager, o NetworkManager-wait-online.service deve ser habilitado junto com o NetworkManager.service. Verifque se neste caso com systemctl is-enabled NetworkManager-wait-online.service. Se ele não estiver habilitado, então reabilite NetworkManager.service.
  • No caso do netctl, habilite o netctl-wait-online.service (a menos que esteja usando netctl-auto; veja FS#75836).
  • Se estiver usando systemd-networkd, o systemd-networkd-wait-online.service deve ser habilitado junto com o systemd-networkd.service. Verifique se este é o caso com systemctl is-enabled systemd-networkd-wait-online.service. Se ele não estiver habilitado, então reabilite systemd-networkd.service.

Para explicações mais detalhadas, veja Network configuration synchronization points.

Se um serviço precisar realizar consultas DNS, ele também deve ser solicitado após nss-lookup.target:

/etc/systemd/system/foo.service
[Unit]
...
Wants=network-online.target
After=network-online.target nss-lookup.target
...

Veja systemd.special(7) § Special Passive System Units.

Para que nss-lookup.target tenha algum efeito, ele precisa de um serviço que o extraia via Wants=nss-lookup.target e se ordena antes dele com Before=nss-lookup.target. Normalmente, isso é feito por Resolvedores de DNS locais.

Verifique qual serviço ativo, se houver, está puxando nss-lookup.target com:

$ systemctl list-dependencies --reverse nss-lookup.target

Habilitar units instaladas por padrão

O Arch Linux vem com /usr/lib/systemd/system-preset/99-default.preset contendo disable *. Isso faz com que o systemctl preset desabilite todas as unidades por padrão, de forma que quando um novo pacote é instalado, o usuário deve habilitar manualmente a unit.

Se este comportamento não for desejado, basta criar um link simbólico de /etc/systemd/system-preset/99-default.preset para /dev/null para sobrescrever o arquivo de configuração. Isso fará com que o systemctl preset habilite todas as units que forem instaladas – independentemente do tipo de unit – a menos que especificado em outro arquivo em um dos diretórios de configuração do systemctl preset. Units de usuário não são afetadas. Veja systemd.preset(5) para mais informações.

Nota: Habilitar todas as units por padrão pode causar problemas com pacotes que contêm duas ou mais unidades mutuamente exclusivas. O systemctl preset é projetado para ser usado por distribuições ou administradores de sistema. No caso em que duas units conflitantes seriam habilitadas, você deve especificar explicitamente qual delas deve ser desabilitada em um arquivo de configuração predefinido, conforme especificado em systemd.preset(5).

Usando ambientes de aplicativos em sandbox

Um arquivo de unit pode ser criado como uma sandbox para isolar aplicativos e seus processos em um ambiente virtual reforçado. O systemd alavanca espaços de nomes, lista de permitidos/negados de capacidades e grupos de controle ("cgroups") para processos contêineres através de uma extensa configuração do ambiente de execução—systemd.exec(5).

O aprimoramento de um arquivo existente de unit do systemd com um aplicativo de sandboxing normalmente requer testes de tentativa e erro acompanhados pelo uso generoso de strace, stderr e facilidades de saída e registro de erro do journalctl(1). Você pode querer pesquisar primeiro a documentação original para testes já feitos para basear os testes. Para obter um ponto de partida para as possível opções de segurança, execute

$ systemd-analyze security unit

Alguns exemplos de como o sandboxing com systemd pode ser implementado:

Notificação sobre serviços com falha

Para notificar sobre falhas de serviço, uma diretiva OnFailure= precisa ser adicionada ao arquivo de serviço correspondente, por exemplo, usando um arquivo de configuração drop-in. A adição desta diretiva a cada unit de serviço pode ser obtido com um arquivo de configuração drop-in de nível superior. Para obter detalhes sobre drop-ins de nível superior, consulte systemd.unit(5).

Cria um drop-in de nível superior para serviços:

/etc/systemd/system/service.d/toplevel-override.conf
[Unit]
OnFailure=failure-notification@%n

Isso adiciona OnFailure=failure-notification@%n a cada arquivo de serviço. Se some_service_unit falhar, o failure-notification@some_service_unit será iniciado para lidar com a entrega da notificação (ou qualquer tarefa para a qual ela esteja configurada).

Cria o modelo unit failure-notification@:

/etc/systemd/system/failure-notification@.service
[Unit]
Description=Send a notification about a failed systemd unit
After=network.target

[Service]
Type=simple
ExecStart=/caminho/para/failure-notification.sh %i

Você pode criar o script failure-notification.sh e definir o que fazer ou como notificar (mail, gotify, xmpp, etc.). O %i será o nome da unit de serviço com falha e será passado como um argumento para o script.

Para evitar uma regressão para instâncias de failure-notification@.service, crie um arquivo de configuração drop-in vazio com o mesmo nome do drop-in de nível superior (o arquivo de configuração vazio drop-in de nível de serviço tem precedência sobre o drop-in de nível superior e substitui o último):

# mkdir -p /etc/systemd/system/failure-notification@.service.d
# touch /etc/systemd/system/failure-notification@.service.d/toplevel-override.conf

Desliga automaticamente um HDD externo ao desligar

Se um HDD externo não for desligado corretamente no desligamento do sistema, pode ser desejável corrigir o problema. A maneira mais conveniente de fazer isso é usando udisks.

Habilite udisks2.service.

Um serviço para invocar nosso script pode ser assim:

/etc/systemd/system/handle_external_hdds.service
[Unit]
Requires=udisks2.service
Requires=graphical.target
After=graphical.target

[Service]
Type=oneshot
RemainAfterExit=yes
ExecStop=/usr/local/bin/handle_external_hdds.sh

[Install]
WantedBy=graphical.target

Habilite handle_external_hdds.service

Faça um systemd daemon-reload para aplicar a nova configuração.

Reinicie o sistema ou reinice o graphical.target para verificar se funciona.

Um script de exemplo para lidar com uma quantidade arbitrária de partições em um único disco se parece com isso:

/usr/local/bin/handle_external_hdds.sh
#!/bin/bash -u

declare -a uuids=(uuid_list)
	
# Only proceed if the drive is present.
if [[ ! -L "/dev/disk/by-uuid/${uuids[0]}" ]]; then
  exit 0
fi
	
for uuid in "${uuids[@]}"; do
  if findmnt "/dev/disk/by-uuid/$uuid"; then
    umount "/dev/disk/by-uuid/$uuid"
  fi
done
	
# udisksctl powers off proper drive even if its partition is supplied
udisksctl power-off -b "/dev/disk/by-uuid/${uuids[0]}"

uuid_list é uma lista de UUIDs delimitadas por espaço correspondente às partições do dispositivo a ser verificado, por exemplo, "uuid_1" "uuid_2".

Solução de problemas

Investigar serviços que falharam

Para encontrar os serviços systemd que falharam em iniciar:

$ systemctl --state=failed

Para encontrar o porquê de eles terem falhado, examine a saída do log. Consulte systemd/Journal#Filtrando saída para detalhes.

Diagnosticar problemas de inicialização

O systemd tem várias opções para diagnosticar problemas com o processo de inicialização. Veja Depuração de inicialização para instruções mais gerais e opções para capturar mensagens de inicialização antes que o systemd assuma o processo de inicialização. Veja também a documentação de depuração do systemd.

Diagnosticar um serviço

Se algum serviço do systemd se comportar mal ou você quiser obter mais informações sobre o que está acontecendo, defina a variável de ambiente SYSTEMD_LOG_LEVEL com debug. Por exemplo, para executar o daemon systemd-networkd no modo de depuração:

Adicione um arquivo drop-in para o serviço adicionando as duas linhas:

[Service]
Environment=SYSTEMD_LOG_LEVEL=debug

Ou, de forma equivalente, defina a variável de ambiente manualmente:

# SYSTEMD_LOG_LEVEL=debug /lib/systemd/systemd-networkd

então, reinicie systemd-networkd e monitore o journal para o serviço com a opção -f/--follow.

Desligamento/reinicialização demora demais

Se o processo de desligamento demorar muito (ou parecer estar congelado), provavelmente um serviço que não foi encerrado é o responsável. O systemd espera um tempo para cada serviço encerrar antes de tentar matá-lo. Para descobrir se você foi afetado, veja a seção Shutdown completes eventually na documentação do systemd.

Um problema comum é um desligamento interrompido ou um processo de suspensão. Para verificar qual é o seu caso, você pode executar qualquer um desses comandos e verificar as saídas

# systemctl poweroff
Failed to power off system via logind: There's already a shutdown or sleep operation in progress
# systemctl list-jobs
  JOB UNIT                    TYPE  STATE  
...
21593 systemd-suspend.service start running
21592 suspend.target          start waiting
...

A solução para isso seria cancelar os trabalhos em execução

# systemctl cancel
# systemctl stop systemd-suspend.service

e, em seguida, tentar desligar ou reiniciar novamente.

Processos de curta duração não parecem registrar qualquer saída

Se journalctl -u foounit não mostra nenhuma saída para um serviço de curta duração, veja o PID em vez disso. Por exemplo, se systemd-modules-load.service falha, e systemctl status systemd-modules-load mostra que executou com PID 123, então você talvez possa ver uma saída no journal por esse PID, ou seja, executando journalctl -b _PID=123 como root. Campos de metadados para o journal como _SYSTEMD_UNIT e _COMM são coletados de forma assíncrona e invocam o diretório /proc para o processo existente. A solução deste problema requer fixar o kernel para fornecer esses dados através de uma conexão de socket, semelhante ao SCM_CREDENTIALS. Em resumo, é um erro. Tenha em mente que os serviços imediatamente falhos podem não imprimir nada para o journal conforme o design do systemd.

Tempo de inicialização aumentando com o tempo

The factual accuracy of this article or section is disputed.

Reason: Os problemas do NetworkManager não são culpa do systemd, os supostos relatórios estão faltando. A lentidão do systemctl status ou do journalctl não afeta o tempo de inicialização. (Discuss in Talk:Systemd)

Depois de usar o systemd-analyze, vários usuários notaram que o tempo de inicialização aumentou significativamente em comparação com o que costumava ser. Depois de usar systemd-analyse blame, o NetworkManager está sendo relatado como tendo uma quantidade anormalmente grande de tempo para iniciar.

O problema para alguns usuários foi devido a /var/log/journal se tornar muito grande. Isso pode ter outros impactos no desempenho, como systemctl status ou journalctl. Como tal, a solução é remover todos os arquivos dentro da pasta (idealmente fazendo um backup em algum lugar, pelo menos temporariamente) e, em seguida, definindo um limite de tamanho de arquivo de diário conforme descrito em systemd/Journal (Português)#Limite no tamanho do journal.

systemd-tmpfiles-setup.service não inicia na inicialização do sistema

A partir do systemd 219, /usr/lib/tmpfiles.d/systemd.conf especifica os atributos da ACL para os diretórios sob /var/log/journal e, portanto, requer que o suporte da ACL seja ativada para o sistema de arquivos em que o journal reside.

Veja Listas de Controle de Acesso#Habilitar ACL para instruções sobre como habilitar ACL no sistema de arquivos que hospeda /var/log/journal.

Desabilitar modo de emergência em máquina remota

Você pode querer desabilitar o modo de emergência em uma máquina remota, por exemplo, uma máquina virtual hospedada no Azure ou no Google Cloud. É porque se o modo de emergência for acionado, a máquina será bloqueada da conexão à rede.

Para desativá-lo, mascare emergency.service e emergency.target.

Veja também