Patching packages (Português)

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Esse artigo cobre como criar e como aplicar patches (correções, remendos) em pacotes no Sistema de compilação do Arch.

Um patch descreve um conjunto de alterações a linha para um ou mais arquivos. Patches são geralmente usados para automatizar as alterações ao código-fonte.

Criando patches

Nota: Se você precisar alterar apenas uma ou duas linhas, convém usar o sed (Português).

A ferramenta diff compara arquivos linha por linha. Se você salvar sua saída, você terá um patch, por exemplo diff --unified --recursive --text foo bar > patch. Se você informar diretórios, diff vai comparar os arquivos que eles contêm.

  1. Exclua o diretório src se você já tiver construído o pacote.
  2. Execute makepkg --nobuild, o qual baixará e extrairá os arquivos fonte, especificados em PKGBUILD, mas não os compilará. Se o sistema no qual você está fazendo o patch não tiver as dependências necessárias, você pode ter que executar makepkg --nobuild --nodeps em vez disso.
  3. Crie duas cópias do diretório extraído no diretório src, uma como uma cópia original e outra para sua versão alterada. Nós os chamaremos de pacote.orig e pacote.new.
  4. Faça suas alterações no diretório pacote.new.
  5. Execute diff --unified --recursive --text pacote.orig pacote.new --color e verifique se o patch está correto.
  6. Execute diff --unified --recursive --text pacote.orig pacote.new > pacote.patch para criar o patch.
  7. Entre no diretório src/package inicial, a partir do qual você fez cópias, e aplique o patch usando patch --strip=1 < ../pacote.patch. Verifique se o patch está funcionando na compilação e instalação do pacote modificado com makepkg --noextract --install.
Nota: Você também pode criar patches com Git usando git diff ou git format-patch [1].

Veja diff(1) e git-diff(1) para mais informações.

Aplicando patches

Esta seção descreve como aplicar patches criados ou baixados da Internet a partir da função PKGBUILD prepare(). Siga esses passos:

  1. Adicione uma entrada ao array source do PKGBUILD para o arquivo de patch, separado do URL fonte original por um espaço. Se o arquivo estiver disponível online, você pode fornecer a URL completa e ela será automaticamente baixada e colocada no diretório src. Se for um patch criado por você mesmo ou não estiver disponível, você deverá colocar o arquivo de patch no mesmo diretório que o arquivo PKGBUILD e apenas adicionar o nome do arquivo ao array de fontes para que ele é copiado para o diretório src. Se você redistribuir o PKGBUILD, você deve, claro, incluir o patch com o PKGBUILD.
  2. Então, use makepkg -g >> PKGBUILD ou updpkgsums (do pacman-contrib) para atualizar o array sha512sums. Ou adicione manualmente uma entrada à matriz sha512sums; você pode gerar a soma do seu patch usando a ferramenta sha512sum.
  3. Crie a função prepare() no PKGBUILD se ainda não houver uma.
  4. O primeiro passo é mudar para o diretório que precisa ser corrigido (na função prepare(), não no seu terminal! Você quer automatizar o processo de aplicação do patch). Você pode fazer isso com algo como cd "$srcdir/$pkgname-$pkgver". O $pkgname-$pkgver é geralmente o nome de um diretório criado pela descompactação de um arquivo de origem baixado, mas não em todos os casos.
  5. Agora você só precisa aplicar o patch dentro desse diretório. Isto é feito simplesmente adicionando patch --strip=1 --input=pkgname.patch à sua função prepare(), alterando pkgname.patch para o nome do arquivo que contém o diff (o arquivo que foi copiado automaticamente em seu diretório src porque estava no array source do arquivo PKGBUILD).

Um exemplo de função "prepare":

prepare() {
    cd "$pkgname-$pkgver"
    patch --forward --strip=1 --input="${srcdir}/eject.patch"
}

Alternativamente, você pode usar a opção --directory de patch sem ter que usar cd. O exemplo, então, se tornaria:

prepare() {
    patch --directory="$pkgname-$pkgver" --forward --strip=1 --input="${srcdir}/eject.patch"
}

Execute makepkg (a partir do terminal agora). Se tudo correr bem, o patch será aplicado automaticamente e o novo pacote conterá as alterações incluídas no patch. Se não, você pode ter que tentar com a opção --strip do patch. Enquanto estiver tentado, você pode achar as opções --dry-run, --reverse ou --verbose utilizáveis. Leia patch(1) para mais informações.

Basicamente, funciona da seguinte forma. Se o arquivo diff foi criado para aplicar patches a arquivos em minhaversão/, os arquivos diff serão aplicados a minhaversão/arquivo. Você está executando-o de dentro do diretório suaversão/ (porque você mudar o diretório para dentro daquele diretório no PKGBUILD), então quando o patch é aplicado ao arquivo, você vai querer aplicá-lo ao arquivo arquivo, retirando a parte minhaversão/. --strip=1 faz isso, removendo um diretório do caminho. Porém, se o desenvolvedor aplicou patch em meusarquivos/minhaversão, você precisa remover dois diretórios, usando --strip=2.

Se você não aplicar uma opção --strip, ela tirará toda a estrutura do diretório. Tudo bem se todos os arquivos estiverem no diretório base, mas se o patch foi criado em minhaversão/ e um dos arquivos editados for minhaversão/src/arquivo, e você executar o patch sem uma opção --strip de suaversão, ele tentará corrigir um arquivo chamado suaversão/arquivo.

A maioria dos desenvolvedores cria patches a partir do diretório pai do diretório que está sendo corrigido, então --strip=1 geralmente estará correto.

Usando quilt

Uma maneira mais simples de criar patches é usar o quilt, que tem um trabalho melhor para gerenciar vários patches, como aplicar patches, atualizar patches e reverter arquivos com patches para o estado original. O quilt é usado no Debian para gerenciar seus patches. Consulte Using Quilt para obter informações básicas sobre o uso de quilt básico para gerar, aplicar patches e reverter arquivos corrigidos.

Veja também